Os pássaros entoam canções
Que iluminam a manhã.
O vento passa entre as árvores
E entre as mãos.
A calma está em cada movimento
Pois o relógio da torre não existe
E o tempo parou.
Aquele momento,
Não tem passado nem futuro.
A cada contacto do pincel
A cor fica impressa na tela e na Alma.
A cada nova página
Aproxima-se a Origem.
Estão sós,
E observo-as ao longe.
Não há qualquer sinal de angústia
Ou tristeza.
Apenas estão sós.
Quero pertencer àquele quadro,
Àquele livro.
Ser uma cor ou uma palavra;
Ser uma ideia ou uma forma,
Que alguém trata com atenção.
Mas quando tento em vão
Que olhem para mim…
Já o quadro está pronto
E o livro fechado.
Está a chover.
2/4/09
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