Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
2 comentários:
Un poema delicioso, bellísimo.
Muchas gracias.
(Encontré el vídeo Multiversos (en portugués) y me gustó muchísimo; también lo busqué en español, pero está recortado, es más breve. Gracias por hablarme de él y dármelo a conocer).
Un saludo, desde la nave.
Olá andava a internetar e encontrei este blog. E ao ver aqui este poema, que conheço e do qual tenho um arranjo musical, quis enviá-lo para o caso de nao o conhecer.
Mas vejo que não me é possível. Fica a intenção......
Boa escolha!!!!!!!!
NAM
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