A pior indisciplina

E depois do...telemóvel?

Chegou a minha vez de dizer o que penso do ambiente que se vive nas Escolas. Em primeiro lugar a indisciplina pior que existe nas escolas, não é passível de ser mostrada na televisão. Ela não passa por imagens cheias de movimento e palavrões, empurrões, risos e choros. Ela é a indisciplina que está escondida mas que todos os professores conhecem... os bons, os maus e os péssimos professores, que todos os dias fazem o que podem para a ultrapassar e infelizmente também para a esconder... A indisciplina que se esconde atrás de planos de acompanhamento, planos de recuperação, dificuldades de aprendizagem, falta de hábitos de estudo e toda a panóplia de termos que entrou nas nossas escolas e que tão cedo não sairá... a indisciplina da ausência total de estudo, ausência total de responsabilidade, ausência total de esforço para superar as dificuldades.
Encarregados de educação, alunos, professores e toda a sociedade, fizeram crer a todos, que o ensino tem de ser divertido, "motivador", esquecendo que a maior motivação surge quando há prazer em SABER MAIS em ser MELHOR, em ultrapassar as barreiras que nos colocam pelo esforço e pelo valor.
Os Alunos estudam pouco ou nada; os encarregados de educação apenas os querem ver com SUCESSO, nem que este seja aparente; os professores , pressionados, pois dos resultados dos seus alunos dependerá em breve, em larga medida, a sua progressão na carreira, lutam entre a sua dignidade profissional, a necessidade de progressão, os baixos salários; os sindicalistas , sem compreender minimamente os sentimentos de quem pensam representar, lutando por manter os seus cargos ; os ministros querendo sucesso para poderem dizer que as suas políticas têm resultados positivos e que Portugal está a ultrapassar o atraso que tem relativamente aos países da União Europeia...
E assim, com horas e horas na escola, alegremente anunciadas, como se quantidade fosse qualidade, os alunos são na sua enorme maioria, o que podem ser, os menos culpados da situação ...

2 comentários:

TORRE DE BABEL disse...

Políticos medíocres, medidas inúteis, resultados vergonhosos.

Aqui vai um artigo interessante em:
http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/

Há quem faça tudo bem!

publicado por Teresa Ribeiro

A MELHOR ESCOLA DO MUNDO - este título, de uma reportagem da revista Veja, interessou-me. Era da Finlândia que o artigo falava (as escolas finlandesas lideram o ranking da OCDE, a organização que faz a mais abrangente avaliação internacional de Educação).
Ao contrário do que se poderia supor, o segredo da "boa Educação" na pátria da Nokia não é o equipamento electrónico aparatoso nas salas de aula. Na maioria das escolas as salas de aula são convencionais, dispondo, quanto muito, de dois computadores.
Qual o segredo então? O segredo é a formação de professores! Dar ênfase à qualidade dos professores foi um dos primeiros passos da reforma educacional que o país levou por diante a partir dos anos 70.
Preocupados com a má qualidade das escolas públicas, há 40 anos os pais procuravam matricular os seus filhos em instituições privadas de ensino (onde é que eu já vi isto?). Mas com metade da população a viver na zona rural e uma economia dependente das flutuações do preço da madeira, a Finlândia tratou de apostar na Educação para dar o salto.
A reforma educacional colocou, então, a qualificação dos professores a cargo das universidades (cinco anos de formação específica). Hoje a profissão é prestigiadíssima (só dez por cento dos candidatos são aprovados) e muito disputada (é a carreira mais desejada pelos estudantes do ensino secundário).
O segundo passo da reforma foi descentralizar. Os professores, já devidamente formados para o efeito, passaram a ser os principais responsáveis pelo desempenho dos seus alunos: são eles que os avaliam, identificam os seus problemas, buscam soluções e analisam resultados.
O Ministério da Educação dá apenas as linhas gerais do conteúdo a ser leccionado e a cada três anos negoceia as metas a atingir com cada uma das escolas. Ao mesmo tempo o governo mantém anualmente um sistema sigiloso de avaliação, cujos resultados (que incluem dados comparativos) são entregues a cada um dos directores, de modo a que possam identificar melhor o que necessitam de corrigir na sua escola.
Esta conjugação de autonomia e responsabilização parece produzir bons resultados, pois a discrepância no desempenho entre as escolas do país é a menor do mundo.
A reforma levou três décadas a consolidar-se e revelou-se essencial na viragem da economia finlandesa. A mão-de-obra qualificada permitiu que a electrónica substituísse a madeira e o papel como principais produtos de exportação.
A Finlândia tem hoje o terceiro maior investimento em pesquisa e desenvolvimento do planeta, grande parte feita por empresas privadas. O elevado nível do seu sistema educacional é, juntamente com a Nokia, o maior orgulho dos finlandeses.

Rui Pinto Basto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
 


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