Infelizmente...

não fui eu que escrevi esta letra...Genial.

O lume para a SARIE



Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida da

Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter

Nao percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti

Cores e formas



Cores são mistérios,
Formas, ousadias dos sentidos.
Quando se juntam,
Em namoro e sedução
Acontece um quadro de Gauguin,
Ou a beleza de um olhar sereno.

Somos feitos de cores e formas
Mas nelas o Tempo não perdoa.
Agora são apenas reflexos
Dos lugares onde estivemos.

O quadro transforma-se:
De um lago surge uma nuvem,
Da nuvem, um relâmpago,
E a chuva que se segue,
São os olhos que nos perseguem..
Eles não vêem nenhum Van Gogh,
Nenhum Matisse.

E ao longe,
Chopin ri-se de nós todos
Pois ele já sabia tudo isto..




19 / XII /2008

confortably numb

Quando chegares




Quando vens?

Vives nos campos
E nos corações
Ouves os pássaros
E falas com eles.

Quando vens?

Sei que estás aí
Tu que és Bela, Serena
Diáfana.
Sem ti nada sou.

Quando vens?

Quando chegares
Verás um pequeno sorriso,
Um leve olhar de ironia,
Um suspiro
Que não saberás interpretar.

Quando vens?

Cada dia que passa
Sinto-te mais próxima
Misturando-me
O Espaço e o Tempo.
Cada dia que passa
Sinto mais o odor
Das pétalas, do orvalho.

Quando vens?
Porque vens?
Que esperas de mim?

Não interessa.
Esperarei mais um dia.

Palavras


Palavras difíceis e que se misturam,
Serenas e terríveis.
São nevoeiros que nos envolvem,
Iluminam por momentos,
Mas fogem sem razão.
Madrugada, Mulher, Liberdade.
Prisão, Mentira, Solidão.

Como dizer uma tristeza,
Um sorriso , uma angústia?

Por vezes surge uma mensagem,
Outras, distância,
E nós, ficamos sem entender,
Cegos, indefesos,
À procura de nada.



É então que
O Sol e a Lua
Vêm brincar connosco.

Natal


Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa
Enquanto o pão
Não entrar com a Justiça
Lado a lado
Mão a mão
nem Jesus vem
Andar pelos caminhos onde os outros vão
Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O Redentor
Universal
(Quando o Homem quiser
Será Natal)

Manuel Sérgio

Para ti

Sim para ti que embora tão perto nunca vês o meu blog




Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

Ausencia




Apenas te he dejado,
vas en mí, cristalina
o temblorosa,
o inquieta, herida por mí mismo
o colmada de amor, como cuando tus ojos
se cierran sobre el don de la vida
que sin cesar te entrego.

Amor mío
nos hemos encontrado
sedientos y nos hemos
bebido toda el agua y la sangre,
nos encontramos
con hambre
y nos mordimos
como el fuego muerde,
dejándonos heridas.



Pero espérame,
guárdame tu dulzura.
Yo te daré también
una rosa.


Pablo

Ao desconcerto do mundo




Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

Luís de Camões

Amnistia internacional

Direitos humanos

 


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